

Título: Primeira Página
Autor: J.M. Costa
ISBN-13: 9788592269906
ISBN-10: 8592269903
Ano de lançamento: 2017
Número de páginas: 168
Encontre: Site do autor | Skoob
Gênero Romance Policial, Mistério Suspense
Sinopse:O telefone toca na mesa de uma repórter do Diário Carioca. Do outro lado, desespero. Uma garotinha de 9 anos narra, ao vivo, o crime brutal que vê pela janela de casa. A vítima é sua mãe. O diálogo tenso, a partir de então, dita o tom acelerado que acompanha o leitor do primeiro ao último capítulo de “PRIMEIRA PÁGINA – Conflito na Baiana”.
Clara Gabo, repórter carioca em início de carreira, não mede esforços para atender ao pedido de ajuda da menina que lhe procurou por telefone. Mesmo que isso signifique contrariar orientações de sua chefia e colocar a própria vida em risco.
À medida que avança na reportagem e publica seus desdobramentos na primeira página do jornal, Clara descortina uma série de fatos que podem comprometer a cúpula da segurança no Estado e até mesmo a sua carreira.
“Com o tempo, contar histórias se torna uma guerra diária. De você contra você.” p. 8

“A história não era mais só minha. O fato já era público.” p. 54
“Até que ponto um jornalista pode publicar
tudo o que descobre?” Essa é a pergunta que inicia a instigante sinopse de
Primeira Página – porém não adianta nem metade do que a obra irá nos fazer
questionar. A narrativa em primeira pessoa nos guia pelas atitudes e
pensamentos de Clara, enquanto descobrimos cada detalhe de toda investigação
junto com a protagonista. A escrita ágil de J.M. Costa nos proporciona um misto
de adrenalina, preocupação, emoção e esperança, ao mesmo tempo em que nos
informa sobre a profissão abordada em seu livro e nos faz refletir sobre nossa
própria realidade.
“À medida que crescemos, e aprendemos que o mundo é distorcido em nuances, a coisa toda se complica.” p. 61
Através de uma leitura rápida e
objetiva, conheceremos o lado pessoal e o lado profissional de nossa
protagonista. Clara é uma personagem
complexa, que deve ter exigido muito envolvimento e atenção por parte do autor.
A jornalista tem sede de notícia, informação e justiça, porém não deixa de ser
um ser humano que conhece os perigos de ir em busca disso tudo e ainda ter que
lidar com as consequências. De qualquer forma, Clara se arrisca e, apesar das
inseguranças que sua jornada pode apresentar, ela segue em frente para mostrar
para o que veio.
“Eu aceitaria o risco, mas talvez tivesse ido longe demais.” p. 74
O enredo é muito bem elaborado e,
ao longo de suas 166 páginas, se desenrola com objetividade. A história vai se
tornando cada vez mais eletrizante, prende o leitor desde o prólogo e o deixa
ansiando por mais a cada página. Cada personagem tem sua importância, tudo é
facilmente imaginado por nós sem a necessidade de descrições muito extensas e,
se você é do Rio de Janeiro, se sentirá como parte da história ao reconhecer
lugares que são mencionados ao longo do livro.
“Há dois tipos de repórteres. Os que aguardam comunicados oficiais para reproduzi-los e aqueles que se antecipam a eles para contar suas histórias.” p. 96
O desfecho de Primeira Página não deixa a
desejar e a sensação do leitor ao fechar o livro é de dever cumprido. Parece
que estivemos realmente presentes em cada momento dos últimos três dias
turbulentos na vida e na carreira de Clara. Os temas aqui abordados são sérios
e reais e mostram como mudanças são necessárias, uma vez que, infelizmente,
estão presentes em nosso dia a dia.
“Fala-se muito sem manipulação por meio da mídia, mas a verdade é que a maioria se permite manipular. Preferem repetir comentários prontos quase nunca embasados, ou tirar conclusões superficiais, sem o cuidado de buscar detalhes.” p. 102
Primeira Página veio para lembrar que não é
fácil diferenciar o bem do mal. J.M. Costa garante
mistério, suspense e ação em seu livro de estreia e ainda nos faz refletir em
uma trama sobre violência urbana, corrupção e injustiça.
“A opinião nunca foi tão pública e perigosa.” p. 102
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